3 de abr. de 2010

demora não, demora não.

E naquele momento eu vivi o mais belo sonho dos últimos tempos. Fechei meus olhos e me entreguei, ao vício, ao delírio, ao prazer de viver. Me entorpeci, e te entreguei um (ou mais) sorriso por fração de minuto. Minhas palavras mudas, gritavam em alto e bom som, minha felicidade ao te ver. O mistério dos nossos medos rondavam e apareciam de vez em quando,atordoando mentes inquietas. E a esperança de no outro dia te ver, renascia a cada 24 hrs. Um pote pequeno de ilusão, somado a um turbilhão de doces emoções.
Sim, eu escutei. O seu coração me disse naquela última noite (fica comigo-vai embora). E na brisa fria da madrugada sequei o restante das lágrimas que você não viu. Era hora de abrir os olhos, o sonho já não era mais tão feliz assim. Mas por incrível que pareça, havia algo bom dentro de mim naquelas últimas horas. Não era apenas tristeza e saudosismo. Algo que me mantia viva, além dos nossos olhos marejados. Ainda não descobri o que é (tenho uma vaga suspeita), mas sinto que irei me prender a isso.
A gente se esbarra qualquer dia desses.


"Fez-se mar, senhora do meu penar... Demora não, demora não."




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